Não há consenso nas negociações coletivas entre SNEA e os sindicatos representantes das categorias profissionais dos Aeronautas e dos Aeroviários

O ano de 2020 foi muito difícil para a economia, principalmente para o setor aéreo, que teve suas atividades suspensas por muito tempo. Por conta disso, o setor demitiu empregados, suspendeu contratos de trabalho e reduziu salários, conforme permitido pela legislação publicada durante o estado de calamidade em virtude da pandemia da Covid-19.

As três maiores empresas do setor no Brasil (Latam, GOL e Azul) tiveram prejuízos gigantescos, que levaram o Governo Federal a lançar pacote para reduzir custos no setor aéreo.

Assim, era de se esperar que as negociações das Convenções Coletivas de Trabalho 2020/2021 dos Aeroviários e dos Aeronautas fossem complicadas, pois de um lado trabalhadores buscam o reajuste de salário, por conta das perdas devido à inflação e do outro lado, as companhias áreas alegam que não podem conceder reajustes para manter a saúde financeira e poder enfrentar a crise.

Diante do impasse, o SNEA pediu a mediação do Tribunal Superior do Trabalho, mas até o momento não houve possibilidade de se alcançar o consenso.

Certamente, a Justiça do Trabalho é quem decidirá sobre as cláusulas econômicas das Convenções Coletivas de Trabalho 2020/2021 do setor aéreo.

Gabriella Gaida | Sócia de Di Ciero Advogados

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